Palhinha

Postado por Simon Valadarez | Marcadores: , , , , , | Posted On quarta-feira, 18 de março de 2009 at 00:50

Finalmente criei coragem pra publicar uns arquivos do fundo do baú.
Começo com esse vídeo de 2007. Nele, cantar não foi o desafio principal.
Difícil mesmo foi pisar no palco como cantor e dizer que era ator sem experiência nenhuma nem ensaio pra essa música hehehe.
No vídeo, Eu e Lívia (amiga que participou do musical AIDA) cantando Elaborate Lives de Elton John na apresentação do grupo Friends In COmpany da Flavinha Libonati.

UM ANO SEM VOCÊ, SAMARAH

Postado por Simon Valadarez | | Posted On domingo, 15 de março de 2009 at 01:17

Às vezes lembranças doloridas dormem e acordam comigo como se tudo tivesse acontecido ontem ... e é preciso força pra vencer um único dia cinza que volta de repente e insiste em durar... Às vezes também lembranças boas surgem num som, num gesto ou num sorriso parecido de um rosto que vejo... Nesses dias o sol e o céu recuperam a cor por fora, as lágrimas se esconden longe, distantes, como o eco do fim da chuva de verão que respinga em uma gruta vazia onde o inverno decidiu morar... .






ABAIXO O TEXTO QUE ESCREVI NO DIA 14 DE MARÇO DE 2008 - UM DIA DE LUTO.

Quando o Jardineiro apanhou de súbito uma das mais belas flores do nosso jardim,
indignados e espantados questionamos para onde Ele a levaria e porque a tirou de nós.
Em meio à comoção, a resposta soprou suave aos corações dos que puderam ouvir:
“Obrigado servos por terem cuidado bem e feito o melhor que podiam pela minha flor que confiei a vocês durante um tempo”.

Hoje, dia 14 de março morreu minha irmã mais nova, Samarah.
Aos 23 anos, ela sonhava em ser bióloga e amava plantas, flores e animais.
Embora também amasse as pessoas, confiou a poucas e privilegiadas vidas os segredos do lado mais belo de sua personalidade tímida e introvertida.
A pureza e a força com que ela viveu conosco tornou-a a mais bela e resistente flor que havia no jardim. No entanto de súbito foi arrancada da paisagem que vislumbrávamos à nossa frente.
Assim vimos sua luta de 23 dias na UTI passar como um drama aparentemente triste embora jamais possa ser comparado ao grande e maior testemunho de quem viveu sem se contagiar pelas maldades do mundo.
A Samarah viveu com o coração de criança e a coragem de uma guerreira capaz de constranger o mais forte dos heróis. Eu fui um de seus heróis.
Hoje, ao fim da etapa aqui conosco, a breve porém grande história da minha pequena irmã me constrange a ser melhor e maior diante da vida e diante de Deus que a dá.
Sua história foi breve se comparada à eternidade que Ele preparou para os que crêem nele. Ela sempre creu e confiou.
Sua história foi gigante por tamanha fé e coragem ao dizer sim para a vida e para os seus sonhos.
Pequena pela fragilidade que insistíamos em atribuir à caçula que revelou-se maior e mais forte do que suas próprias limitações.
Sei que fui um de seus heróis não porque em mim mesmo houvesse todas as virtudes de um super-herói, mas sim porque para alguém com o coração simples como o dela até mesmo pequenas qualidades transformam vidas comuns em fontes de inspiração e força.
Assim, em vida, com seu olhar infantil ou na morte com seu testemunho de fé, a Samarah imprimiu em nós marcas tão profundas quanto a saudade que ficará.
Especialmente nos últimos dias ela forjou de nós heróis verdadeiros: tios e tias, primos, amigos, irmãos de fé, Sarah, minha mãe e meu pai - pessoas comuns diante da certeza inegável de que a vida também nos reserva a separação, enquanto a fé e o amor nos revelam especiais em cada atitude, cada prece, cada abraço, cada lágrima, cada sorriso ... tudo o que nos faz vencer juntos com Deus e em Deus.
Que privilégio o meu!
Que privilégio o nosso de o próprio Autor da Vida ter nos concedido 23 anos com ela como família que continuamos sendo! 23 anos ao lado de um ser humano que se tornou hoje mais uma flor no Jardim de Deus. E pra nós um testemunho do encontro entre a força e a beleza, o amor e a ingenuidade em uma mulher corajosa que será pra sempre nossa bebê caçula.
Hoje, nos braços do Pai.

(Simon Valadarez)

PALAVRA

Postado por Simon Valadarez | | Posted On domingo, 8 de março de 2009 at 11:19

Palavra? Não sou eu que a escrevo, nem minha voz define seu fim num canto. A palavra é que descreve em linhas próprias nossos sons, formas e encantos. Revela sentidos e sentimentos. Liberta e escraviza. Dita multitons silenciosos. Desce da boca aos dedos. Do ar às pedras. Do som à luz. A palavra paira sempre inerte como código aos olhos que lêm quando a alma não decifra . Porém sua jornada nunca é vazia até o coração que sabe ver. Ela produz, revela, nomeia, define, anuncia e esconde. A palavra mata e faz viver. Cria, apaga e torna a significar mundos, tempos e coisas. Somos o que ela vê e revela. Somos o que a palavra é.

UMA TARDE EM PARIS

Postado por Simon Valadarez | | Posted On domingo, 1 de março de 2009 at 10:28



Quinta-feira, 26 de fevereiro. Pego um vôo as 05 da manhã de Goiânia pra São Paulo, enfrento o trânsito já amanhecendo até chegar em casa, ligo na universidade pra confirmar o curso de pós-graduação, passo pra pegar a mochila reformada, me perco no caminho pra um teste de publicidade, atraso no primeiro teste e perco o segundo do dia...às 05 da tarde o trânsito parado ...MAS TUDO ISSO NÃO TEM PREÇO...quando o final do dia me reserva, às 19hs, um vôo direto pra Paris com direito a classe executiva e tudo mais!!!!!
Calma, calma!!! Apesar da agenda do dia parecer a de algum artista ou executivo do showbusiness essa foi a minha própria agenda do final de semana ehehhe!
Mas como minha conta bancária não permite essas cenas típicas das novelas de Manoel Carlos em que as Helenas e até a galera da Vila VaiQuemQué passa finais de semana na Europa só pra desestressar, segue a explicação:
Graças aos bônus da empresa aérea e a benevolência de amigos (leia-se networking hauhua) gastei pouco mais de 50 euros com minha mochila nas costas, luvas e cachecol em dois dias num final de semana frio em Paris. Ah! Gastei muito pé também porque eu não deixaria de fazer o roteiro clássico de qualquer turista como eu pra ficar dois dias sentado numa mesa de hotel comendo escargot, brioche e tomando champagne!
Bom, não sei se por questões óbvias de tempo-di$tancia mas badalação pra mim vale mais pela aventura e liberdade do que pela obrigação de sustentar cara de glamour em sociais ehhehe. Mas se tive meu final de semana ultrapop? Tive sim!